Prémio Professor Sebastião Formosinho
2025
O Professor Doutor Sebastião J. Formosinho é amplamente reconhecido como um dos fundadores da comunidade portuguesa moderna da área da química e um dos potenciadores de toda a dinâmica que a caracteriza.
A carreira do Professor Doutor Sebastião J. Formosinho esteve sempre intrinsecamente ligada à Universidade de Coimbra, tendo começado pela obtenção da Licenciatura em Química e Física em 1964. Entre 1964 e 1966 é Professor Assistente nesta casa, tendo de seguida uma passagem pelo estrangeiro, na qual se destaca a obtenção do Doutoramento em 1971 pela Royal Institution of Great Britain/University College, sob a orientação científica do Prof. George Porter.
Regressou a Coimbra, como Professor Auxiliar e tornou-se Professor Catedrático em 1979, aos 35 anos de idade. De entre os vários cargos institucionais que ocupou, destacam-se os de Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (1978-79), de Secretário de Estado para o Ensino Superior nos VI e VIII Governos Constitucionais (1980-81), de Diretor do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia (em várias ocasiões) e o de Presidente da Sociedade Portuguesa de Química (1992-1998). Foi ainda membro da Academia das Ciências de Lisboa, membro de várias sociedades de química internacionais (como a britânica e a americana), e membro da comissão de fotoquímica da IUPAC.
O seu trabalho científico, com mais de 180 publicações científicas na área da química, mais de 30 livros publicados e 2 patentes industriais, levou à atribuição de inúmeros prémios e reconhecimentos científicos, como o Prémio Artur Malheiros pela Academia das Ciências em 1972, a Medalha Ferreira da Silva pela Sociedade Portuguesa da Química em 1984, o Prémio para as Ciências da Fundação Gulbenkian em 1994 e o reconhecimento como IUPAC Fellow em 2002.
O seu legado estende-se ainda a uma presença que foi sempre integradora, procurando fazer pontes entre pessoas e ideias, com uma postura consensual e inspiradora. Para além da contribuição para o Modelo de Intersecção de Estados, o seu maior êxito científico, ficará para sempre presente a sua personalidade cativante e fascinante.